quarta-feira, 14 de julho de 2010

Miminho Eróticos Parte VII - Quem Diria

Camila já não ia sair comigo, tinha outras prioridades.
Mafalda por outro lado, estava interessada em sair comigo.
Um pouco de convivência social faz sempre bem a toda a gente.
Levar Mafalda a sair para o mesmo local onde tinha combinado levar Camila era injusto e não conseguia tal atitude incorrecta.
Por isso pus-me a pensar mas não ocorria nada.
Bem depois logo se vê. Olho para o relógio e marcam 20.40h.
- É melhor ir andando.
Certifiquei-me que tinha fechado todas as janelas e pus-me a descer escadas até ao carro.
Chegado ao hotel, fui ter com o recepcionista que logo me cumprimentou.
-Boa tarde senhor, vai desejar alugar um quarto?
- Não, não obrigado. Venho apenas buscar uma pessoa amiga. O nome dela é Mafalda e está aqui hospedada no quarto 321. Pode ligar-lhe e dizer que o António está aqui na recepção?
- Com certeza. É só um momento.
Antes de ligar o homem foi ao computador confirmar que havia uma Mafalda no quarto em questão, e depois ligou para o quarto informando a hóspede de que estava à espera dela.
- Sr. António, a Sra. Mafalda já desce. Pode aguardar nos sofás ali ao fundo se desejar.
- Obrigado. Boa noite.
Nem 5 minutos tinham passado quando Mafalda apareceu.
- Olá boa noite António.
- Olá Mafalda estás pronta?
- Sim, onde vamos?
- Pois, não sei. O que tinhas em mente?
- Hum, nada de mais António. Jantar e dar um passeio para conhecer melhor a cidade mas se tiveres mais alguma ideia estou aberta a sugestões!
- Do que gostas de comer Mafalda?
- Confesso que não sou esquisita, mas hoje tenho assim uma pequena vontade de ser gulosa eh eh!!
- Muito bem, vamos andando e logo vemos pelo caminho.

MacDonald's, era um interesse alimentar em comum que descobrimos no caminho.
Fomos até ao centro da cidade, onde acabámos por comer o mesmo, um Menu BigMac, com WRAP à parte e para finalizar, um McFlurry de caramelo.
Divinal para ambos.
Durante o jantar falamos de várias coisas, desde gostos, passando por amores, desporto, ironias e claro está não podia faltar a situação actual.
Confesso que depois deste jantar, fiquei com mais curiosidade de saber mais sobre ela. Fomos passear na zona ribeirinha onde descobrimos mais coisas em comum entre nós.
Cada vez estava mais fascinado com ela e ela comigo.
De tanto falar, ficámos com a garganta seca e por acaso estávamos perto de um café.
- Mafalda dá-me só 1 minuto que vou ali ao café e já volto. Vou só comprar uma água. Queres alguma coisa?
- Não António. Obrigado, és muito doce!
- Ah Ah não sou nada, ainda nem me provaste, até posso ser azedo.
E soltei uma gargalhada com a piada que tinha acabado de dizer.
- Para saber se és doce ou não.. tenho de provar-te!
Ficámos ambos corados com esta última conversa, onde a minha coragem foi quase nula.
- Hã, pois hum.. eu já volto com a água.
Entrei no café com passo acelerado, a pensar se a convidava para a minha casa ou se ia com ela para o hotel.
Tinha imenso desejo por ela, e ela já tinha demonstrado interesse em mim.
Mas havia Camila, por quem tinha lutado durante muito tempo.
Queria , podia , mas não havia o último ingrediente, a coragem para tal.
Paguei a água e saí.
Ao chegar ao carro onde Camila me esperava, abri a porta e sentei-me.
- António, posso perguntar-te uma coisa?
- Sim Mafalda.
- Tu e a Camila, estão numa relação com compromisso?
- Bem, oficialmente não é uma relação com compromisso, somos amigos coloridos, como se diz na gíria. Porquê?
- Olha tu sabes que estou interessada em ti não é, mas que não quero criar problemas com ninguém. Estás a ver aquele restaurante ali da frente?
- Sim o que tem? Queres ir lá?
- Não. Mas olha se vires com atenção, ali na parte de vidro dá para ver o interior.Não quero aproveitar-me mas quer-me parecer que aqueles dois ali são o Tiago e a Camila.
E logo de seguida, parece que fui atingido por um raio.
Olhei lá para dentro com atenção, um pouco perdido no espaço e no tempo, mas de facto era verdade.
Tudo o que idealizava estava a ir por água abaixo.
Passaram-se alguns minutos e estava sem reacção, sem saber que fazer.
- António, desculpa. Tinha receio em dizer-te, eu não sabia, olhei para lá por acaso.
- Não tens de pedir desculpa Mafalda. As verdades por vezes custam e para ser sincero, não esperava nada disto.
- Mesmo assim, sinto-me um pouco culpada porque se não dissesse não irias ficar assim em baixo.
- Mas ia viver uma coisa que era fingida. Assim sabendo da verdade será melhor.
Eu não quero aproveitar-me desta surpresa, nem quero usar-te, mas podes ficar comigo esta noite Mafalda?
- Queres que passe a noite contigo?
- Sim, se não achares impróprio.
- Eu fico contigo esta noite António.
E lá fomos para a minha casa, sem saber o que o futuro reserva.

1 comentário:

Anónima disse...

Muito bem. A história vai bem, e pelos vistos é como uma telenovela, muita acção lol. E vai aquecer. eheh