terça-feira, 30 de março de 2010

Cantinho dos amigos

Pois bem, aqui vai o 1º post que me pedem para colocar.
É de uma amiga que tem um namorado e este post é uma dedicatória para ele.
A minha amiga quer ficar no anonimato, mas dá como nome fictício o nome de João como sendo o seu namorado!!

" Foi num sábado, num sábado que jamais esquecerei. Entrei num bar, era tarde e eu queria tudo menos voltar para casa... a minha casa trazia-me recordações, os lugares, as fotos... Foram anos de amor, de paixão, de loucura, mas jamais poderia aguentar a violência por parte dele. Algum dia teria sido realmente amada? Ou apenas uma escrava sexual? Eu não queria estar consciente,por isso bebi até não me sentir...
Acordei... acordei gelada, não era capaz de mexer-me.. Gritei, mas a rua estava deserta. Teria eu desmaiado? A verdade, não sei.. Só sei que, naquele momento, em que a minha vida quase parou, o João apareceu.
Não foi preciso trocar palavras para perceber que ele me queria ajudar, o seu olhar deixou-me tranquila, segura...
Levou-me para casa.. Entrei, e pasmei para as inúmeras fotos que ele tinha de uma rapariga loira, extremamente sorridente e com um olhar bastante cativante. Seria a namorada? A esposa?
Sentou-se comigo no sofá e perguntou-me o porquê de estar lá caída. Eu confessei ter bebido, porque tinha tido um grande desgosto de amor, ele ficou bastante atrapalhado e saiu da sala.
Fui ao encontro dele, ele chorava como nunca vi um homem chorar... Agradeci-lhe, por me ter ajudado, sem saber quem eu era, e de onde vinha...
Ele aumentou a intensidade do choro, e agradeceu por eu estar lá naquele momento.
Acalmei-o e facilmente conseguimos conversar, como fossemos amigos desde sempre. Ele caminhava até à travessia superior dos caminhos de ferro para se suicidar. Não encontrava mais razões para viver: a namorada de longa data tinha sido infiel, a mãe falecido, achava que não era mais útil, até ao momento que, achou que podia-me ser útil e socorrer-me. As lágrimas fugiram-me dos olhos, a uma velocidade incontrolável. SALVA-MOS A VIDA UM DO OUTRO.
Conversamos durante horas, pude constatar o quão boa pessoa, o quanto humano e bem –feitor ele era.
Ficou tarde, como eu poderia voltar para casa, com uma dor de cabeça tão grande e abandonando uma pessoa tão maravilhosa como aquela?
Adormece-mos ...dormimos juntos. E eu bem sei o quanto ele me acarinhou naquela noite, enquanto dormia. Seria aquele o amor da minha vida? As carícias começaram a ser trocadas, os corpos entraram em êxtase, fiquei excitada... Excitada como nunca me tinha sentido. Tinha medo de confiar em quem conheci, hoje ali na esquina. Parecia um sonho, e realmente foi. Fizemos amor, com uma intensidade e com um amor, que nunca tinha sentido antes. Não queria acreditar no que estava a viver. Hoje, depois vários anos de casamento, ele faleceu. Como eu posso viver? A solução será suicidar-me na passagem superior dos caminhos de ferro? Certamente é, não quero sofrer... Pois seja qual for a esquina, eu jamais vou encontrar alguém que me faça sentir tão feliz como ele me fez sentir. AMO-TE JOÃO. "

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